Vitória Mental

Nesta sexta-feira, contrariando todos os prognósticos – inclusive os do próprio adversário – o Brasil se despediu da Copa do Mundo. Começou ganhando, acabou perdendo numa virada surpreendente. Se ao menos tivesse ido para a prorrogação, ou os pênaltis, ainda vai; o problema foi ter começado bem e terminado muito mal.

O apontado como “carrasco”, “algoz” da Seleção Brasileira, o jogador holandês Sneijder, é baixinho, careca e um tanto franzino, mas que se agigantou, se fortaleceu e fez bonito o gol que enterrou o desejo de ser hexacampeão da seleção canarinho. Com propriedade, em entrevista à ESPN*, ele declarou o que aconteceu dentro de campo: “Foi uma guerra, e mentalmente nós fomos muito bem. Quatro anos atrás, quando perdemos para Portugal nas oitavas, nós ficamos meio loucos em campo com tantos cartões e faltas. Dessa vez, foi o Brasil que enlouqueceu em campo. Eles perderam o controle”. Disse, ainda, que houve uma “vitória mental” da Holanda sobre o Brasil, e que, em suas palavras, “no intervalo, conversamos e decidimos ficar mais juntos no campo e colocar pressão no Brasil. Nós acreditávamos, todos estavam convencidos de que poderíamos marcar um gol. Nós lutamos como um time e fomos recompensados”.

Ao terminar a partida, fiz uma caminhada, e pensei no que foi aquele jogo e, sem saber das declarações de Sneijder, percebi que, de fato, o Brasil foi derrotado na sua própria mente, e que isso fez com que a vitória lhe escorresse das próprias mãos. Come-çou bem, mas bastou um gol – e contra, o primeiro brasileiro de todas as Copas – para o moral da Seleção desabar. O segundo da Holanda enterrou de vez o Brasil. Algo impensá-vel aconteceu. Perder, de forma humilhante, para algo que era tido como “vitória certa”. E tudo isso tem uma preciosa lição para quem deseja ingressar no serviço público.

Todo concurseiro sério vive, todos os dias, uma pressão psicológica, seja de familiares, amigos ou colegas, que anseiam por vê-lo encerrar o ciclo de estudos, editais e certames. O problema é quando ocorre um boicote, uma chantagem, daquela série de pensamentos negativos que o impedem de alcançar o sucesso esperado. O problema maior é o autoboicote, que atrapalha o avanço e se traduz numa série de sucessivas derrotas, fracassos, perdas que parecem nunca ter fim. É a fase em que o concurseiro passa a perder o controle da situação. É o momento em que ele acha que nada mais adianta, que é “impossível passar” – como meu pai me disse, dez vezes seguidas, a respeito de um determinado concurso, o que me trouxe sérios prejuízos, por anos. Permanecer com esse pensamento pode significar muito mais que a derrota numa partida, e sim a perda de um sonho, de um objetivo. De uma carreira no serviço público.

Para nos prevenirmos, tomemos a lição de Sneijder:

a) Aprender com o passado. Considerar que já tivemos erros que nos tiraram aprovações e nos fizeram perder tempo e esforços, e tratar como prioridade a correção dessas falhas.

b) Não se deixar abater pelas circunstâncias e opiniões contrárias. Não se abalar porque o adversário soube explorar uma falha nossa e conseguiu seu intento.

c) Acreditar na vitória, contra todas as precipitadas conclusões lógicas e racionais, manter o controle da situação e partir para a luta, pois a recompensa vem no momento certo.

E você, qual sua postura “concurseira” a partir de agora? Vai parar nas quartas-de-final por causa de uma pressão psicológica, ou vai prosseguir rumo à investidura?

Resumo da Ópera – A vitória do concurseiro começa na mente. Se ele deixar de aprender com o passado e se abalar com a adversidade do presente, seu futuro certamente será de derrota.

* GOMES, Júlio. Sneijder fala em vitória mental: 'O Brasil enlouqueceu em campo'. ESPN, 3 jul. 2010. Disponível no hipertexto http://espnbrasil.terra.com.br/selecaobrasileira/noticia/133176_SNEIJDER+FALA+EM+VITORIA+MENTAL+O+BRASIL+ENLOUQUECEU+EM+CAMPO>. Acesso em 3 jul. 2010.

Cleber Olympio, um concurseiro que não será vítima dos detalhes.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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(Parte 1)


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2 Response to "Vitória Mental"

  1. Unknown says:

    Na verdade o carrasco do Brasil foi Felipe Melo, o 12º jogador holandês em campo.

    ...rs
    Eu já acho que foi o Dunga...o anão tosco rs...

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